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Máquina perfuradora utilizando bentonita |
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Engº Paulo (empresa contratada) e Engº Hélio (Chefe do Deob/Sul) |
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Rua Gal.Osório - tubulação de 280mm em PEAD |
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Máquina de solda |
Departamento de Obras
da SURSUL utiliza método como forma de minimizar o transtorno no trânsito local
Em Rio Grande, a Companhia
Riograndense de Saneamento - CORSAN, está investindo mais de 30 milhões em
obras de esgotamento sanitário, o que vai passar de 27 para 45 % o índice de
cobertura no município, sendo construídos mais de 45 mil metros de redes coletoras,
possibilitando a ligação imediata de 5.500 novas ligações de esgoto e
disponibilizando o serviços a mais 20 mil habitantes.
Estas obras que resultam em
melhor qualidade de vida para a população, em muitas ocasiões também causam
transtornos, obstruindo o trânsito local e intervindo da rotina da cidade.
Como forma de
minimizar estes transtornos, a companhia está utilizando o Método Não
Destrutivo – MND, com perfuração horizontal direcional, que consiste em fazer a
instalação da tubulação nova com reduzido impacto no ambiente urbano. Um dos
principais cuidados para a execução dessa solução é conhecer o cadastro das
redes existentes, fazer o mapeamento e sondagens prévias para a confirmação das
interferências estudo de solo e topografia, a fim de definir a profundidade da
instalação. Cabe salientar que este método não se aplica para todas as novas
redes de esgoto que se deseja construir, sendo adotado principalmente para
travessias de rodovias, ferrovias, redes profundas e principalmente redes que
não necessitem de instalações de ramais prediais. Veja detalhe da instalação:
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Ilustração do método - MND |
Descrição da
instalação
1 Perfuração
piloto - inicialmente é executada a perfuração piloto. O diâmetro, que obedece
o tamanho da cabeça de perfuração equipamento, varia geralmente entre 2" e
12" (polegadas). A velocidade de perfuração depende do tamanho do
equipamento, tipo de solo e diâmetro e tipo da tubulação a ser inserida.
2 Equipamento
de perfuração - é composto por cabeça de perfuração em formato de cunha, hastes
de perfuração flexíveis rosqueadas umas nas outras, com 4,5 m de comprimento.
Durante a perfuração as hastes são inseridas no solo até a extensão necessária.
3 Monitoramento
- a cabeça de perfuração conta com transmissor que emite sinais para o receptor
na superfície. Esse sistema é responsável pelas informações de profundidade,
direção e inclinação da cabeça de perfuração. Assim, é possível acertar o
direcionamento da perfuração ao longo do trajeto.
4 Alargamento
- para puxar a tubulação é necessário aumentar o orifício entre 1,25 e 1,5
vezes o diâmetro da tubulação a ser instalada. diâmetro. Para o alargamento, retira-se
a cabeça de perfuração e engata-se o alargador na haste de perfuração da
máquina, além de equipamento para puxar a tubulação.
5 A Tubulação utilizada é PEAD (polietileno de alta
densidade).
6 Acessórios
- além do equipamento de perfuração, do localizador e do transmissor, um
sistema de mistura de fluidos resfria o transmissor, mantém o furo aberto e
retirada parte do material resultante da perfuração. O fluído é composto por
bentonita e polímeros adicionados à água.
“Após concluído,
este trecho de tubulação servirá principalmente para eliminarmos duas estações
elevatórias antigas,com isto suprimimos dois conjuntos motor-bomba e gastos com
energia elétrica e manutenção”, afirma o Engº Hélio Alvarez, chefe do
Departamento de Obras da Superintendência da Região Sul.
A obra que a CORSAN
está executando na rua General Osório consiste da instalação de cerca de 400 m
de tubulação em PEAD com 28 cm de diâmetro externo. Após a etapa de instalação
da tubulação em PEAD deverão ser construídos novos poços de visita, para
futuras limpezas da rede. Os poços de visita serão construídos afastados entre
100 e 120 m de distância.
Para o
superintendente regional Ricardo Freitas, “ a utilização deste tipo de
tecnologia, demonstra a preocupação da Corsan em não causar transtornos à
rotina da cidade e o respeito à população